Luana Schrader
Há algum tempo descobri que eu sou um fragmento de todos os lugares que conheci e vivi. Como uma cerâmica de Kintsugi, pedaços meus se partem a cada despedida, desencontro ou reencontro predestinado. Estou em constante processo de quebrar e remendar, sendo costurada com partículas de poeira dourada que me une, conecta e entrelaça a essas memórias e pessoas.
Triste, poético ou inspirador? Não sei, quem sabe, reparador. E há muita beleza em cada remendo, afinal, somos as nossas cicatrizes e memórias. Somos o que vivemos. Somos o que ficou e o que partiu. Somos fragmentos.